BOLHA DE CARBONO OU AR QUENTE? QUALQUER RESPOSTA é BOA PARA OS INVESTIDORES EM ENERGIA SOLAR
A opini?es est?o divididas com rela??o à extens?o da, assim chamada, bolha de carbono. As empresas que exploram as commodities de combustíveis fósseis est?o realmente supervalorizadas e, no momento, à beira de uma forte desvaloriza??o? De acordo com a Forbes, a chave para esse argumento é a teoria de que devemos limitar o aumento da temperatura global em 2 graus Celsius, em rela??o à temperatura da era pré-industrial.
Isto levanta a premissa de que as empresas que exploram combustíveis fósseis n?o ser?o capazes de extrair uma parte significativa dos recursos que possuem, sem causar uma catastrófica e, talvez irreversível, mudan?a climática.? Entretanto, as reservas que possuem ainda constam em seus balan?os financeiros como ativos. Há uma preocupa??o em alguns setores de que, à medida que esta percep??o se torne forte no mercado, provocará a precipita??o de ativos e outra crise financeira mundial.
Ent?o, por que isso ainda n?o aconteceu? A ideia da bolha de carbono n?o é uma ideia nova, surgiu há anos. Os investidores institucionais mais importantes est?o bem cientes dela e ainda assim, continuam mantendo a??es de empresas que exploram fontes de energia n?o renováveis. Porquê? Simplesmente n?o existem, em lugar algum, fontes renováveis suficientes para atender as demandas de energia globais e, dada a tecnologia atual e as taxas de ado??o, esta situa??o provavelmente persistirá por décadas. “N?o precisamos vender, hoje” é a sabedoria atual do mercado, embora esteja claro de que esse dia eventualmente chegará.
Alguns especialistas também argumentam que a bolha de carbono é mais publicidade exagerada do que realidade. Esse ponto de vista defende que os mercados já vêm, há algum tempo e gradualmente, precificando para baixo as a??es que dependem de fontes de energia n?o renovável e que podemos manter a??es associadas a combustíveis mais limpos, como o gás natural, por exemplo, mais tempo do que as a??es associadas a carv?o ou petróleo. Claro, existem também aqueles que argumentam que o teto de 2 graus Celsius para o aquecimento global é, na melhor das hipóteses, um palpite bem informado e podemos ser capazes de usar combustíveis fósseis além desse ponto, sem causar danos. Embora uma mudan?a climática catastrófica n?o seja, de forma alguma, garantida acima dos 2 graus, n?o precisa ser dito que testar esse limite seria uma aposta imprudente, em uma escala nunca antes vista pela humanidade.
Um estudo da universidade de Londres, publicado na Nature, em janeiro de 2015, argumenta, de forma convincente, que n?o podemos simplesmente ignorar o limite de 2 graus estabelecido com as na??es mundiais e que, idealmente, deveríamos ter como meta parar de queimar combustíveis fósseis completamente, dentro dos próximos 20 anos. A estimativas do custo disso para as economias e empresas que exploram combustíveis fósseis est?o em torno de 28 trilh?es de dólares, talvez um valor barato, quando se considera que o que está potencialmente em jogo é a sobrevivência da humanidade.
“O que está absolutamente claro é que o setor de energias renováveis terá de preencher a lacuna pela desacelera??o maci?a no uso de combustíveis fósseis e que tanto a taxa de ado??o como a taxa de inova??o ter?o de acelerar consideravelmente.” palavras do Dr. Shawn Qu, da Canadian Solar. “De qualquer forma que se enxergue o cenário, o futuro de empresas como a nossa é extremamente brilhante. Ter que lidar com uma demanda em rápida acelera??o é um problema bom de se ter.” acrescenta.
“Dado o período de tempo que estamos considerando, acredito que a chamada bolha de carbono irá, provavelmente, se esvaziar lentamente ao invés de estourar, e os produtores de energia à base de fósseis ir?o gradualmente sair das energias n?o renováveis, usando seus lucros atuais para investir nas energias renováveis do futuro, ou algo parecido com isso, espera-se.” conclui o Dr. Shawn.
